domingo, 16 de maio de 2010

Corpo.




O corpo, como construção cultural, segue normatizações coletivas, instauradas por uma moralidade e uma estética construídas historicamente, transmitidas, pensadas e (re)significadas nos diferentes contextos sociais. Tais normatizações definem a convenção coletiva do uso dos gestos e das técnicas corporais próprias a cada comunidade de cultura popular. A construção do sentido ético-estético dá-se pelas regras de comportamento da comunidade, que conduzem ao delineamento de suas técnicas corporais e moralidade; pelos princípios e valores que caracterizam o que seja adequado e justo, pelo sentido de existência coletiva, preservação das tradições e religiosidade; pelas regras de competição impostas por setores externos; pelo jogo de conformismo e resistência que leva os populares a serem invadidos pela indústria cultural e a lutarem contra essa invasão; pela dinamicidade cultural e necessidade de reconhecimento social; pela denúncia às mazelas humanas. Tais reflexões identificam a existência de uma racionalidade diferenciada, distinta da lógica ocidental e que, por isso mesmo, parece estar à margem dela.

Segundo (Valter Bracht), ao fazer referência á mudança societária que hoje passamos,o corpo busca sensações que nunca podem ser plenamente satisfeitas, que levam a uma busca incessante e infindável por sempre novas sensações. O corpo deixa de ser visto apenas como alvo do controle ascético,para ser fonte de prazer.

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